Suce$$o Profissional

A era dos empregados empreendedores

Tenho falado sobre o apagão de mão de obra, sobre a falta de profissionais qualificados, mas não poderia esquecer de mencionar os bons profissionais. Aqueles que são empreendedores de suas carreiras e que crescem profissionalmente na empresa onde estão e, se não são valorizados nestas, crescem em outras, sem o menor problema.

Quando pensei neste artigo vinha pensando sobre profissionais que agem com a empresa em que trabalham como se fossem os donos. Que não imprimem ou usam papel sem necessidade. Que não provocam prejuízos. Que não desperdiçam água ou energia mesmo que não paguem por elas. São aqueles profissionais que querem o bem e o desenvolvimento da empresa em que trabalham, cuidando como se fosse sua.

Esse profissional além de toda a qualificação, tem uma competência fantástica: a vontade de fazer bem feito. E esse sim, deve ser valorizado pela empresa. Uma vez ouvi a seguinte frase: Eu posso conseguir alguém para fazer o mesmo que você faz por bem menos, você sabe disso não é? Realmente, não somos insubstituíveis. Mas será mesmo que sendo bom e competente a empresa conseguirá alguém para ocupar seu posto e produzir exatamente igual? Pode ser que sim, mas lembra do apagão de mão de obra? Não é bem assim tão fácil.

Hoje admiro vários profissionais nas mais diversas áreas e o que eles têm em comum é sempre a mesma característica, são resolvedores dos problemas da empresa. Afinal, foi para isso que foram contratados. Conseguem negociar prazos com fornecedores quando a empresa está no vermelho, conseguem economizar, fazer as ligações telefônicas necessárias gastando menos e, o principal, não deixam jamais que o cliente saiba destes problemas administrativos.

O profissional precisa fazer mais do que o que está sendo solicitado, deve deixar sua marca. Todo mundo conhece ao menos um profissional que tem a cara de determinada empresa. Com certeza, eles fizeram diferente. As empresas, em contrapartida, têm que identificar estes talentos e arranjar uma forma de retê-los.

Acredito que a empresa precise propiciar 3 coisas: salário adequado, plano de carreira e clima organizacional. Isso por que, o profissional qualificado não ficará satisfeito se faltar um destes quesitos. Ele não vai esperar muito. Não vai ser demitido, vai procurar um lugar onde possa conseguir tudo isso, pois sabe que é capaz e possível. Para concluir, sejamos profissionais empreendedores e corramos este risco calculado: buscar sempre mais. E as empresas, reconheçam estes talentos e façamos deles colaboradores, parceiros e quem sabe até, sócios.

Sugestões de temas, dúvidas e, etc.: [email protected]

*Lunna Dias é Psicóloga com MBA em Gestão de Pessoas e Especialização em Arte, Educação e Tecnologias Contemporâneas. Está à frente da Lunna Dias Consultoria em Recursos Humanos atendendo clientes em Palmas e região com Recrutamento, Seleção e Desenvolvimento de Pessoas, dentre outros.

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