Economia

Endividamento cresce na Capital é o que aponta pesquisa



Apesar da intenção de consumo ter tido uma retração em agosto, os palmenses estão mais endividados. Mais de 78% das pessoas entrevistadas pela pesquisa sobre endividamento e inadimplência dos consumidores (PEIC) disseram que possui algum tipo de dívida e 8,2% dos endividados tem dívidas atrasadas, porém afirmam ter condições de pagar seus débitos em atraso. Os dados foram colhidos nos últimos 10 dias do mês de julho de 2014.

A parcela total de endividados esse mês teve um aumento de quase 3%. Desse número de pessoas que afirmam ter dívidas, 73,6% consideram-se pouco endividados. O tempo médio de atraso foi de 44 dias e a média do comprometimento com as dívidas é de 8,4 meses. Já o porcentual médio de comprometimento da renda familiar com dívidas em agosto foi de 32,8%, a grande maioria dos entrevistados (72,7%) disseram manter de 11 a 50% de sua renda com contas.

O presidente da Fecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni, o endividamento com um baixo índice de inadimplência é bom para o comércio. “Os empresários do comércio estão preocupados com o setor, mas esse leve aumento no endividamento também quer dizer que as pessoas continuam consumindo, e se elas afirmam que terão condições de quitar, mesmo as dívidas com atraso, isso quer dizer que existe uma movimentação no mercado. Mas as pessoas devem planejar para que não caia nos juros do cartão de crédito, por exemplo”, explicou Pisoni.

O ranking do tipo de dívidas mais frequentes continua com o cartão de crédito em primeiro lugar, com 75,4%. Segundo a contadora, Aliny Luz, o planejamento é realmente necessário para não cair na inadimplência. “O mês de agosto é igual aos outros, não podemos gastar mais do que ganhamos, por isso agosto não é diferente! Quando realizamos uma compra, dividimos no máximo em 3x, para não ter juros. Não gostamos de dever a ninguém”, ressalta. Em segundo lugar segue o financiamento de carro (29,4%) e em terceiro, carnês (27,7%).

A PEIC é realizada mensalmente pela Fecomércio Tocantins em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No total foram entrevistados 500 consumidores.

(Camila Takahashi – Ascom Fecomércio Tocantins)

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