Saúde

Proteção solar: Vitamina D? Crianças? Gestantes? Como Usar?

Você precisa saber que exposição solar não significa apenas ficar embaixo do sol na praia ou na piscina, exposição solar acontece no que fazemos rotineiramente, como ir até a padaria ou dirigir. Precisa saber que a pele é prejudica pela radiação ultravioleta, presente de maneira constante , infravermelha, o calor de uma churrasqueira ou de um forno, e luz visível, seja de um computador ou de uma luminária.
O sol na dose certa é fundamental, mas em demasia causa uma gama de doenças e piora outro tanto.
Esse texto tem informações fundamentais à respeito das principais dúvidas em relação ao uso de filtro solar.

O sol e a vitamina D

A vitamina D ajuda no combate à hipertensão, no controle de peso e na prevenção da osteoporose, já que é fundamental para a manutenção do metabolismo do cálcio e, logo, no desenvolvimento ósseo.
A principal fonte dessa vitamina é a luz solar, que estimula sua produção pela pele.
Diante dessa informação surge o questionamento de como garantir os níveis adequados da vitamina sem expor a pele aos perigos do sol. Importante lembrar das várias fontes alimentares de vitamina.
Dois fatores respondem essa pergunta. Um é o fato de que mesmo os mais cuidadosos nunca chegam a passar a quantidade de protetor recomenda, vejam que para uma proteção corporal completa seria necessário 30g, em média para cada aplicação. Outro fator é que estudos mostram que a exposição à luz solar com protetor solar, aplicado corretamente, garante bons níveis de vitamina D e ainda evita queimaduras.
Um desse estudos, citados no consenso brasileiro de fotoproteção , mostra que a exposição não intencional de apenas 10 minutos diários, somente das mãos e face, é o suficiente para o produção de vitamina D.
Importante falar que esse estudo, assim como outros, foi realizado em local com um intensidade solar bem menor do que a do estado do Tocantins.

Principais doenças relacionadas à exposição solar
 
São muitas as doenças que estão direta, ou indiretamente relacionadas à exposição solar. Dentre elas podemos falar das mais comuns.
Queimaduras. Os raios solares causam queimaduras solares ou eritemas, principalmente em crianças e pessoas de pele clara.
Envelhecimento precoce. A exposição excessiva ao sol sem proteção causa aparecimento de rugas e manchas na pele que são características do envelhecimento precoce.
Problemas de visão. O excesso de luminosidade pode causar problemas de visão, como catarata, pterígio e até câncer de pele nas pálpebras.
Herpes. O vírus da herpes não tem cura e ele é reativado por alguns fatores, como exposição excessiva ao sol.
Acne. A exposição excessiva ao sol pode ser fator desencadeante de acnes.
Alergia ao sol (erupção cutânea fotoalérgica ). Estima-se que de 5 a 10% da população apresentam alergia ao sol, que se manifesta por vermelhidão, coceira, erupção cutânea (na forma de urticária) e fotossensibilidade.
Melasmas. Os melasmas são manchas de cor marrom causadas pela exposição excessiva e prolongada ao sol durante toda a vida.
Queratose ( Manchas senis ). A queratose se caracteriza por feridas ásperas e pequenas que nunca saram e normalmente aparecem após a exposição ao sol.
Câncer de pele. Esta é certamente a condição mais terrível e perigosa da exposição ao sol.

Recomendações gerais em relação à proteção solar
 
Esse é um ponto muito divulgado. Mas vale apena enfatizar essas recomendações, uma vez que o uso correto de protetor solar ainda não faz parte da rotina da maioria das pessoas.
De maneira geral se recomenda:
Uso de filtro solar com FPS superior a 30. Esse filtro deve ser aplicado e retocado algumas vezes por dia, não precisa lavar a região para reaplicar. É importante escolher um filtro adequado para o tipo de pele, evitando o risco de aumento de oleosidade e consequentemente o risco de acnes.
Aplicar 30 minutos antes da exposição. Aplique o protetor solar, aguarde 30 minutos, retoque e só depois vá ao sol.
Uso de filtro solar todos os dias. Independe de dia nublado ou ensolarado, os raios solares estão presentes e por isso deve ser rotina o uso do protetor.
Não esquecer dos lábios, das orelhas, da região de couro cabeludo e dos pés. Mesmo as pessoas que tem o hábito de usar protetor solar costumam esquecer essas regiões.
Uso de barreira física como proteção. É importante uso de chapéu, sombrinha, barracas, sombra de uma árvore…tudo que possa diminuir a passagem de raios solares. Temos no mercado marcas que oferecem roupas, sombrinhas, chapéus… com filtro solar, o que aumenta o poder de proteção.
Uso de filtro solar com base. Esse tipo de filtro tem a vantagem de fazer, em muitos casos, o papel da maquiagem e oferecer uma proteção melhor para luz visível.
Não trocar o filtro por maquiagem. Usar um filtro solar com base no lugar da maquiagem é valido, mas o contrário não. A maquiagem contendo filtro ajuda, mas não dever substituir o filtro normal.

Filtro solar via oral
 
O produto previne e corrige os danos da exposição solar através da neutralização dos radicais livres relacionados à agressão da pele pela luz. Uma vez que a luz do sol atinge a pele, os radicais livres são liberados e desencadeiam uma série de reações que comprometem o funcionamento das células. Com o desgaste contínuo, estas células vão perdendo a capacidade de se defender e deixam de se multiplicar corretamente. Os resultados são manchas, flacidez e até câncer de pele. A fotoproteção oral NÃO substitui o protetor solar tópico, ela é adjuvante na proteção da pele, pois não bloqueia a radiação, somente combate os efeitos da mesma depois de atingir a pele. Por isso, o produto de via oral não pode ser usado isoladamente, ele deve ser um aliado com o de uso tópico.
Temos várias produtos com essa função, sendo que a mais conhecida dessas medicações tem como composição o produto final de uma planta denominada Polipodium leucotomos que tem várias propriedades inerentes que podem proteger em relação a radiação ultravioleta.
Em resumo os chamados protetores via oral ajudam na proteção, mas não podem substituir a proteção tradicional e as medidas educativas.

A quantidade adequada de protetor
 
Como falado, no inicio do texto, muito raramente se usa a quantidade correta de protetores. Para se ter uma ideia são necessários 30g de protetor solar para uma aplicação no corpo inteiro.
Um estudo da Food and Drug Administration (FDA), indica que para conquistar uma boa proteção no rosto, deve-se usar dois miligramas de protetor solar para cada dois centímetros de pele, e reaplicá-lo a cada duas horas.
Como regra geral e prática podemos seguir o esquema da foto.

Filtro solar em crianças
Considera-se que 85% da radiação solar recebida por uma pessoa ocorrem nos primeiros 20 anos de vida. Portanto a prevenção começa na infância.
A partir dos seis meses de idade deve se iniciar o uso de filtro solar. Não que não possa usar antes dessa idade, mas como não existem estudos que atestem a segurança dos filtros em pacientes abaixo dessa idade, é recomendado esperar o sexto mês para iniciar o uso.
Todas as recomendações acima são validas para as crianças. Mas é preciso um cuidado a mais, é preciso fazer uso de protetor especifico para os pequenos uma vez que esses protetores tem mais composição física do que química, diminuindo o risco de irritações na pele.

Filtro solar em gestantes
 
Cuidar da pele sempre é importante, mas na gravidez a atenção deve ser redobrada. Em média, 70% das gestantes ganham alguma mancha de pele (melasmas).
Todos cuidados gerais, já relatados, devem ser seguidos e optar sempre por um protetor físico, como nas crianças.
A escolha do protetor depende de cada pele, mas um dica é seguir um linha especifica para gestante e nunca deixar de falar com o obstetra responsável.



Procure um médico da sua confiança. O seu dermatologista poderá te orientar sobre os melhores tratamentos.
Por: Ronis Silva CRM-TO 2787.
 

TWITTER